Mundo Moderno

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dilemas



Trabalhar para viver ou viver para trabalhar?

Consumir para viver ou viver para consumir?


Modernidade líquida

A atual fase da modernidade pode ser qualificada como líquida por sua semelhança com a fluidez dos líquidos que têm características de mobilidade e inconstância, que suprime o tempo, adequa-se às circunstâncias.
Segundo Z.Bauman, a modernidade nasceu fluida; daí a dissolução das forças, da ordem, dos laços e dos elos. Ao mesmo tempo, a modernidade líquida é coercitiva pois o indivíduo deve se alocar, adaptar e acomodar-se a novas regras e modos de conduta "politicamente corretos", sob a condição de ser aceito nos grupos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

“Assim ele vai, corre, procura. O quê? (...) Homem solitário dotado de uma imaginação ativa, sempre viajando através do grande deserto de homens, tem um objetivo mais elevado do que o de um simples flâneur. Ele busca esse algo, ao qual se permitirá chamar de Modernidade. (...)Trata-se de tirar da moda o que esta pode conter de poético no histórico, de extrair o eterno do transitório. (...) A Modernidade é o transitório, o efêmero, o contingente, é a metade da arte, sendo a outra metade o eterno e o imutável”.
Charles Baudelaire, Sobre a Modernidade

A condição moderna: ser leve e líquido

O tempo anterior ao advento da Modernidade mantinha uma estreita relação com o aquele natural, em que as atividades humanas eram realizadas a partir de indicadores retirados da natureza: estações, sol, lua e chuvas. A Modernidade operou uma profunda alteração com a introdução do tempo cronológico, aquele determinado pelos ponteiros do relógio, parâmetro homogeneizador e avaliador das atividades humanas. Com o advento desse novo tempo, precioso, uma vez medida de valor, "perder" tempo era símbolo de ócio, sendo que o trabalho disciplinado, incessante e laborioso determinaria a qualificação do tempo como produtivo.
 
 
 
 Dantes, acreditávamos na solidez da realidade e na estabilidade das relações, dos valores e códigos. No entanto, o derretimento dos sólidos levou à sensação de fluidez.
 
Fluidez? Esta não é uma característica dos líquidos?  
 
 
Estamos destinados a mudar continuamente? Se positivo, o que isso representa?

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O melhor dos mundos

No famoso livro, Candido ou o otimismo, Voltaire conta a história do jovem Cândido, em busca do paradeiro de sua “bela Cunegundes” sempre acompanhado do Dr Pangloss, seu professor de filosofia e médico que o tempo todo mandava aplicar-lhe inúteis sangrias.
O Dr. Pangloss de Cândido – ou O Otimismo é um personagem atual. Mesmo diante das maiores tragédias e problemas vivia sempre a repetir: “este é o melhor dos mundos possíveis” como se os fatos ocorressem porque era necessário que acontecesse no melhor dos mundos possíveis.
Somos todos do século passado (rsrsrs) que se afigura o mais avançado e, ao mesmo tempo, o mais trágico, da história humana. Para parte dos que vivenciaram a passagem para o século XXI, o século XX é uma representação do "mundo panglossiano", em que se se justificam todas as catástrofes (naturais e humanas) como necessárias para o avanço da ciência, da tecnologia ou do conhecimento para promover melhor qualidade de vida e progresso aos homens.
Poderíamos aqui indagar os parâmetros utilizados para delinear o "mundo ideal", os modos como o homem tem construído sua trajetória no afã de apresentar-se mais avançado que seus progenitores...